A roda gira ignorando o espaço e o tempo. Gira sem se prender a fatos ou equívocos, apenas se mantem em seu curso interminável sem nenhuma pretensão de parar. Não há início nem final. É um ciclo que se renova a cada volta completa. Não há tempo para arrependimentos, planos ou considerações. A roda precisa continuar girando e não há nada que possa impedi-la. Nem mesmo o ressonar de uma trombeta esquecida. O vício conecta-se a determinação por um objetivo vago, é o que basta. Começo e fim dão as mãos e galgam juntos pela eternidade, sem sequer dar-se conta.